Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?...

Se o sonho foi tão alto e forte 
Que pensara vê-lo até à morte 
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
 Que tudo isso, Amor, nos não importe. 
Se ele deixou beleza que conforte 
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci, 
Para mais doidamente me lembrar 
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar 
Mais saudade andasse presa a mim!
*Florbela Espanca

Florbela Espanca 
Γεννήθηκε στη Vila Vicosa το 1894 και πέθανε στο Matosinhos το 1930.
Η Flor Bela de Alma da Conceicao είναι μια από τις πλέον επιφανείς ποιήτριες 
του πρώτου μισού του 20ού αιώνα. Η κοινωνική κατάσταση της μητέρας της ("άγαμη, υπηρέτρια"), το αίνιγμα της πατρικής της καταγωγής, ο μεγάλος της έρωτας για τον αδελφό της, οι δυο διαδοχικοί γάμοι της, τους οποίους ακολούθησαν διαζύγια, απετέλεσαν μεγάλη αιτία σκανδάλου στον επαρχιακό κύκλο της γενέτειρας της, αυτό όμως δεν εμπόδισε την αναγνώριση του 
ταλέντου της: "Η Florbela Espanca είναι η πιο υψηλή και η πιο αισθησιακή φωνή της σύγχρονης πορτογαλικής ποίησης... 
Τα σονέτα της φωνάζουν τη σαρκική και παθιασμένη πείνα της για έρωτα, 
την απελπισία για τους αναρίθμητους πόνους! 
 
1)1901. Papá João Maria Espanca e o mano Apeles
2)1901. Piquenique no campo com papá, mano e mãe Mariana

1904. Com o mano Apeles, metade da minh'alma

Sou Florbela Dalma da Conceição Espanca, poeta portuguesa, 

natural do Alentejo. Nasci em 8 de dezembro de 1894 e fui registrada 

como filha de pai incógnito, mas educada pelo papá e por minha 

madrasta em Vila Viçosa. 

Meus três casamentos fracassados, minhas desilusões amorosas 

e principalmente o suicídio do mano Apeles Espanca, durante um voo 

de treino sobre o Tejo, em 1927, marcaram profundamente minha vida.

Em dezembro de 1930,agravados meus problemas de saúde,sobretudo 

de ordem psicológica, cometi suicídio no dia e na hora do meu aniversário 

de 36 anos.